sexta-feira, 12 de abril de 2013

Abril: Do Ser individual ao Ser feliz


Embora estejamos servidos de uma infinidade de canais de autoexpressão, a individualidade passa batida na atualidade. Tanta customização ainda não se destina  a escuta cuidadosa interna de necessidades realmente individuais, que acabam por ficar desatendidas, gerando sofrimento.




Após um período de modismos em torno da lei de atração, me pergunto o que ficou na mente das pessoas sobre de que maneira elas iriam fazer usas escolhas. Percebo que, mesmo entre filósofos, estudiosos e espiritualizados, para muitos o uso da mente ainda fica nas frases de efeito e nos motins de pensamento positivo; sem muito aprofundamento na revisão de crenças e valores que originam o padrão mental que conduz nossas escolhas, conscientes ou inconscientes.

A ideia da lei de atração é simples: semelhante atrai semelhante. Devemos sentir, pensar e falar sobre o que queremos que se concretize, nos tornando aquilo que desejamos atrair para nossas vidas. Alguns utilizam recursos visuais para dar uma forcinha, postando no facebook e na área de trabalho ideias positivas; outros recorrem à programação neurolinguística. Apesar de ferramentas valiosas, sem uma revisão interna profunda sobre os verdadeiros valores pessoais, estas práticas correm o risco de ser uma experiência superficial e frustrante, longe de trazerem os resultados desejados.

Hoje a humanidade segue seu dia-a-dia repetindo formas de pensar e padrões de sucesso reconhecidos socialmente como a última maravilha do mundo. O emprego ideal, a pessoa ideal, o carro ideal, o celular ideal... É mais prático decidir os caminhos sem escutar o coração, pois a TV fala mais alto e o senso comum transmite muita "segurança", além de acolhimento. Há uma busca frenética pelo mundo ideal aprovado, sem muito espaço para a percepção de dores internas mais silenciosas, que por vezes falam através do corpo, de doenças ou dores; ou se fazem presentes através de um stress inexplicável, uma vida de repetições de fatos indesejáveis, uma inquietação constante, por ter e parecer e uma aparente incapacidade de se chegar ao objetivo seja ele qual for.

Embora estejamos servidos de uma infinidade de canais de expressão, a individualidade passa batida na atualidade. Tanta customização ainda não se destina a dar um ritmo que permita a autorreflexão e a escuta cuidadosa interna de necessidades realmente individuais. Estas, que podem não estar na moda nem pertencer a rótulos, acabam por ficar desatendidas, gerando sofrimento.

Este mês trarei uma série de textos sobre como se conhecer a partir de ferramentas de auto-observação simples, a partir da observação do corpo e  de fatos cotidianos. A ideia é dar a quem lê recursos para se ver e se compreender de maneira mais nítida, mais sincera. Este é o primeiro passo para uma mudança substancial na qualidade de vida e na experiência da felicidade.

Vida viva para todos!


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