segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Preguiça de largar a preguiça

Feliz ano novo a todos!

Depois de umas feriazinhas do blog, por uma necessidade de adaptação ao meu novo ritmo de trabalho, voltei para explorar um tema que determina se você começa o ano com o pé direito ou com o esquerdo...ou até sem nenhum.
Ah... a preguiça. Realmente HÁ a preguiça. E quando ela surge, nada mais pode ser realizado.

Já falei neste blog sobre vários obstáculos à felicidade, mas poucas coisas imbobilizam como a preguiça. Felizmente na minha opinião a preguiça não é a origem de nada. Ela não surge por si mesma; ela normalmente é motivada por algum sentimento de que o que será realizado será incômodo de alguma forma. Mesmo assim vira um ciclo vicioso - você sente preguiça de resolver determinado problema por que ele é incômodo. E para deixar de achar a situação incômoda você precisa ter determinação, mas isso dá uma preguiça...!

Preguiça de largar aquela pessoa que lhe faz mal, mas que pelo menos você já conhece; preguiça de passar pela crise de abstinência do cigarro; preguiça de sair do ninho e ir morar só, tendo que passar por certas privações; preguiça de superar suas próprias limitações ou até de olhar para elas por que dói... preguiça de ir adiante.

Levando em consideração o processo de crescimento pessoal, a preguiça é um obstáculo grave pois ela chega a impedir o indivíduo de encarar a realidade. E então você deixa de achar necessário se mover em qualquer direção diferente da acomodação e do ócio.

Tenho uma teoria sobre o funcionamento da preguiça: o medo, ou a raiva, ou a falta de flexibilidade, ou o orgulho ou qualquer obstáculo psicológico que te provoca sensação de incômodo atua no subconsciente bloqueando o seu acesso ao manancial de energia necessário a realização de determinada tarefa relacionada (mentalmente por condicionamento) a este incômodo. Daí em diante, surgem as sensações de mal estar, de sono, de corpo pesado... É literalmente uma sabotagem do subconsciente dizendo "eu não concordo com esta atitude e como sou eu quem gerencia os processos involuntários do seu corpo, não financiarei esta empreitada com energia". Como não sentir preguiça de começar a fazer exercícios físicos, ou de começar uma dieta, ou de ir trabalhar na segunda-feira?

Desassociando a tarefa que PRECISA ser realizada de idéias negativas, você desbloqueia o acesso à energia que você precisa empregar numa tarefa necessária. É uma questão de condicionamento. É por isso que às vezes você parece cansado para realizar uma tarefa considerada chata, mas prontamente se levanta para ir a uma festa. Nós nos acostumamos a avaliar se algo traz alegria ou tristeza pelo prazer sensorial que aquela ação proporciona e não pelo RESULTADO REAL da atividade. É o mesmo mecanismo que uma criança usa ao preferir uma bala a um prato de salada. Ela não quer saber se a salada rejuvenesce a pele e a abastece de vitaminas. Ela só tem consições de avaliar o nível de prazer que ela experimenta.

Nós seres humanos adultos já somos capazes defazer uma análise melhor do custo-benefício de nossas atitudes. Então, o primeiro passo é, sempre que pensar em determinada ação a ser tomada, associá-la ao custo real e ao benefício real. Recondicionando sua mente a avaliar as coisas desta forma, ela não só liberará energia para realizar o que te traz vantagens reais como trará preguiça de realizar o que não é bom para você.


Vida viva para todos!

3 comentários:

Anônimo disse...

"Preguiça de superar suas próprias limitações ou até de olhar para elas por que dói..."

Ai, Shakti, você sempre falando as coisas com uma sinceridade e doçura incalculáveis! Acho que eu tenho preguiça de largar o medo do desconhecido pelo medo que eu sinto do desconhecido... hehe Entendeu?

Beijo enoooorme! Nana.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Bom, nem te conheco, mas vc disse tudo que eu estava precisando ouvir! Acho que o meu maior problema é a preguiça... preguiça de tudo, até de me amar!!!
Isso é deprimente!
Obrigada pelo excelente texto e ótimo incentivo!