quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Viver a vida com olhos de pesquisador



É comum as pessoas encontrarem problemas em seus caminhos e aguardarem que alguma solução apareça do nada, ou simplesmente ficarem circulando em torno das mesmas soluções conhecidas, sem imaginar nada novo. Aliás, o conformismo em não buscar informação e conhecimento com suas próprias pernas e o comodismo de aceitar o que a sociedade oferece como verdade muitas vezes abrevia a capacidade do ser humano de se auto-aprimorar e de facilitar sua própria vida.

O mundo é diversificado e as possibilidades são infinitas. Se as escolhas, os valores reconhecidos pelo mundo à sua volta fossem realmente válidos para todos, não existiriam pessoas sofrendo. Há que se buscar formas novas de ver o mundo para que novas soluções possam surgir. Soluções novas só surgem a partir de olhos realmente abertos ao que possa vir, e não fixados em um único ponto insistentemente. Desfazer-se dos preconceitos e do apego ao senso comum é essencial para se aproximar da realidade, do verdadeiro aspecto da situação e do procedimento mais adequado para ela.

Enfim: é como se fazer uma pesquisa. O pesquisador parte de um problema, mas não vai dele diretamente para a solução. Antes ele investiga de forma neutra o universo que gerou aquele problema em busca de dados reais ao invés de deixar seus condicionamentos e opiniões pessoais influenciarem sua percepção. O objetivo do pesquisador é ter o máximo de aproximação com a realidade, e não somente confirmar suas teorias imaginárias.

Em sua caminhada ele busca investigar as prováveis causas do problema, não apenas absorvendo a opinião de outros sobre o assunto, mas principalmente indo a campo, olhando o mundo com seus próprios olhos límpidos e neutros, analisando a todo instante todo tipo de informação – sejam agradáveis ou desagradáveis, socialmente reconhecidas ou duvidadas – exercitando constantemente seu intelecto, sua intuição e sua capacidade de assimilar novos valores, idéias e hipóteses de causa e solução.

Na vida prática, se limitar ao que diz a mídia para se obter sua visão de mundo aprisiona o ser humano tanto às vitórias, quanto às derrotas já existentes. Os vícios se perpetuam e a sociedade evolui mais lentamente. As maiores descobertas da humanidade vieram de pessoas que fugiram ao senso comum e se permitiram buscar mesmo no vazio a solução para os problemas práticos existentes. Eles criaram teorias e metodologias através de seu próprio contato com a realidade, avaliando sim o conhecimento preexistente, mas não se limitando a ele, considerando-o mais uma fonte de informação que pode ser validada ou defasada a qualquer momento. Neste momento o conhecimento se torna um trampolim para novos patamares de compreensão e não o fim da busca por informação. E o mais importante: estes cientistas, filósofos, pesquisadores, sabiam reconhecer que cada situação, cada problema é sempre novo, merecendo formas únicas e adequadas – e portanto novas – de se superar.

Não delegue a outras pessoas perdidas o poder de lhe mostrar o caminho correto. Não espere que as circunstâncias lhe empurrem em uma direção qualquer. Abandone a preguiça e comodismo. Se interesse por si, por sua vida e se dedique com vontade a conhecer todos os lados de tudo o que pode dizer respeito a ela, qual um cientista se especializa em sua ciência afim. Você, sua vida, é sua maior responsabilidade.
Vida Viva para todos!

Um comentário:

O tudo e o nada... disse...

adorei, sem dúvida devemos ser responsaveis por nós mesmos...
namaskar
bhava