segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ser completo

Estou de volta e depois de tantas transformações só me restou recarregar minhas baterias na minha Fonte. Foram muitos momentos de stress desnecessário, momentos de descobertas libertadoras e dolorosas de como eu ainda aproveito mal o meu tempo passando mais tempo vivendo coisas irreais dentro de minha cabeça do que coisas verdadeiras no presente.

Mas tudo isso passou e hoje só sinto vontade de falar como depois de tudo isso consegui retornar ao meu eixo. Não é de praxe falar sobre esses assuntos no blog, já que procuro me manter o mais neutra possível acerca de determinados assuntos. Considerem portanto esse texto uma expressão de gratidão.
Muitas vezes, quando se encerra uma fase trabalhosa em nossas vidas onde tudo muda, fica uma sensação de vastidão misturada com um "por onde começo?". Você não sabe quem você é nem onde está por que tudo é novo. Você cresceu e também infelizmente adquiriu vícios. Alguns bons referenciais você construiu, outros você perdeu por que não eram mais úteis. Um novo farol precisa ser encontrado antes de se continuar a caminhada.

E o meu farol, o ponto onde me perco para me encontrar, sempre foi o divino.
Então mergulhei e me deixei levar. Esqueci-me de mim mesma, do que eu era, parei de perguntar o que havia me tornado para resgatar a memória de que na realidade nenhum ser neste mundo pode ser algo totalmente. As coisas são sempre parte, e uma parte não é nada além de uma simples parte. Mergulhei no momento, no agora onde nada importava além daquilo que realmente faz sentido: o Todo. Deixei-me desfazer e gerei dentro de mim a intenção de poder cumprir meu verdadeiro papel de parte, que é contribuir para a harmonia do todo. Eu realmente queria que minha existência fizesse sentido.
Considero infinitamente melhor ser um nada que contribui com alguma coisa do que ser um nada que tenta ser alguma coisa e não consegue. Mas infelizmente o ego humando sempre nos faz acreditar que ser alguma coisa é possível. O homem - e obviamente eu, enquanto humana - acha que é possível se destacar da imensidão universal e ser algo independente, algo especial, mais importante do que o restante.

Felizmente minha ilusão se quebrou mais um pouquinho e pude me abrir para o todo retomando meu papel de parte ínfima do universo. E, por alguns minutos, justo quando havia desistido de ter controle, de ter comando, de ter automina e independencia, a parte se sentiu completa.
Vida viva para todos!

Um comentário:

Anônimo disse...
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