Mas tudo isso passou e hoje só sinto vontade de falar como depois de tudo isso consegui retornar ao meu eixo. Não é de praxe falar sobre esses assuntos no blog, já que procuro me manter o mais neutra possível acerca de determinados assuntos. Considerem portanto esse texto uma expressão de gratidão.
Muitas vezes, quando se encerra uma fase trabalhosa em nossas vidas onde tudo muda, fica uma sensação de vastidão misturada com um "por onde começo?". Você não sabe quem você é nem onde está por que tudo é novo. Você cresceu e também infelizmente adquiriu vícios. Alguns bons referenciais você construiu, outros você perdeu por que não eram mais úteis. Um novo farol precisa ser encontrado antes de se continuar a caminhada.
E o meu farol, o ponto onde me perco para me encontrar, sempre foi o divino.
Então mergulhei e me deixei levar. Esqueci-me de mim mesma, do que eu era, parei de perguntar o que havia me tornado para resgatar a memória de que na realidade nenhum ser neste mundo pode ser algo totalmente. As coisas são sempre parte, e uma parte não é nada além de uma simples parte. Mergulhei no momento, no agora onde nada importava além daquilo que realmente faz sentido: o Todo. Deixei-me desfazer e gerei dentro de mim a intenção de poder cumprir meu verdadeiro papel de parte, que é contribuir para a harmonia do todo. Eu realmente queria que minha existência fizesse sentido.

Felizmente minha ilusão se quebrou mais um pouquinho e pude me abrir para o todo retomando meu papel de parte ínfima do universo. E, por alguns minutos, justo quando havia desistido de ter controle, de ter comando, de ter automina e independencia, a parte se sentiu completa.

Vida viva para todos!
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