Um amor não
correspondido, uma vocação não compreendida, uma perda grande que nos obriga a
amadurecer cedo demais... As vezes, ainda muito cedo, antes de compreendermos
que aqueles que nos dão o sustento não são deuses, nos decepcionamos e perdemos
a fé na vida e em nós mesmos.
Em alguns momentos, no meu trabalho com terapia vibracional,
vejo pessoas com tudo para serem felizes e que não o são. Isso mexe
profundamente comigo. Como é frequente estarmos com toda a bagagem energética e
mental preparada para sermos plenos e felizes e, de repente, ocorre algo que
nos faz desviar absurdamente dos nossos caminhos.
Um amor não correspondido, uma vocação não compreendida, uma
perda grande que nos obriga a amadurecer cedo demais... As vezes, ainda muito
cedo, antes de compreendermos que aqueles que nos dão o sustento não são
deuses, nos decepcionamos e perdemos a fé na vida e em nós mesmos.
Felizmente, da mesma forma que já vi pessoas deprimidas com
esse tipo de marcas, vi pessoas resgatarem sua essência espiritual e
florescerem quando já não achavam que daria mais tempo. Não falo de uma
religião específica; falo de uma reconexão profunda que leva a pessoa a
descobrir que tem um espaço sublime e especial neste planeta. Elas entendem a
função de sua dor, a maneira como o sofrimento os capacitou para fazerem
trabalhos únicos e ao mesmo tempo conectados com seu prazer de viver e sua
vocação primordial.
Esse momento é lindo, quando a pessoa encontra forças (às
vezes na própria insustentabilidade do momento) para encarar a dor, aceita-la, encontrar
sua função, agradecer e sublimar. Não é algo que se faz somente de maneira
racional e mecânica. É uma ação profunda tanto no corpo quanto na alma, que
transcende o intelecto e libera a carga de energia que ficou presa no passado,
em valores atualmente contraproducentes, em músculos retesados que finalmente
se relaxam, em choros contidos e inexplicáveis que se liberam... Tudo isso e
pela ação da entrega com coragem.
É lindo, é o que me faz encarar a dor nos olhos dos outros (e
nos meus próprios) todos os dias: a certeza da capacidade daquele ser de se
encontrar, de se curar e me dar a honra de contemplar ao lado dele esse lindo
nascer do sol que é a restauração da alma humana.
Vida viva para todos!
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